O Apelo Argênteo


Há uma divindade das coisas não realizadas
     Para quem os ganhos do Tempo são lixo acumulado;
Um grito parece próximo, um bater de argênteas asas
     Clamando a alegria celeste pela perda terrena.

Tudo o que os olhos viram e os ouvidos ouviram
     É para alguns a pálida ilusão de uma voz maior
E poderosa visão; nenhum doce som ou palavra,
     Nenhuma paixão de tons que alegrem o coração

Pode igualar esses divinos êxtases.
     Uma mente além das nossas mentes detém a chave
Dessas inimagináveis harmonias;
     O destino e o privilégio do homem por nascer.

Como a chuva que enlameou a maravilha da rosa
A Terra espera que a maravilha distante se revele.






Sonnets, 1930-1950, Colected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa

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