Tenho uma dúvida
Tenho uma dúvida, tenho uma dúvida que mata. Diz-me, Ó torturante beleza, Ó divina Feitiçaria, Ó alma evadida das colinas do céu Ainda que alimentada de um absoluto pecado, Porque me torturas? Célere e sem medo? Meu amor foi sempre como meu ódio uma espada A buscar o coração e a matar embora querida A alegria que não me tomaria por seu senhor. Ainda devo acreditar que és verdadeira se assim O dizes e sorris. Se acaso não sabes que comprei A todas com a minha paixão, ainda manterás Um recanto para outros homens? Nega isso Agora! Não permitas que o doce amor que nasce Acabe em rubro sangue e terrível justiça. Sonnets , Early Pedriod, Colected Poems , 1ª edition 1972 Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5 © Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry Sri Aurobindo Ashram Publication Department Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa