Cometeste um erro
Cometeste um erro, o voo infantil do teu espírito Abrindo as suas belas asas sobre o sol Pousava na primeira flor que a tua vista tocou Pensando que talvez fosse o único. Mas todo esse fragrante jardim distante estava. Ventos visitaram-te com toques de mel e dia, Abriu-se uma esperança mais brilhante do que este insolúvel Coração pelo pensamento abrigado e chamou-te para longe. Cometeste um erro. Devo então enfurecer-me, adoecer Com a dolorosa vaidade de pensar que é amor, Difamar com nomes brutais o desejo de minha amada Sujando a tua imagem branca como a neve, Ó minha pomba? Não é suficiente o teu beijo, ainda que um apenas, Para viver por toda a eternidade? Sonnets , Early Period, Colected Poems , 1ª edition 1972 Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5 © Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry Sri Aurobindo Ashram Publication Department Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa