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Tempo Interminável

O tempo é interminável em tuas mãos, meu senhor. Não há como contar os teus minutos. Dias e noites passam e idades florescem e murcham como flores. Tu sabes como esperar. Os teus séculos sucedem-se a aperfeiçoar uma pequena flor bravia. Não temos tempo a perder, e não havendo tempo, temos de arriscar a sorte. Somos demasiado pobres para nos atrasar. É assim que o tempo passa enquanto o ofereço a todo homem queixoso que o reclama, e o teu altar até ao fim esvazia-se de todas as oferendas.    No fim do dia apresso-me com medo de que encerre o teu portão; mas penso que ainda há tempo. Rabindranath Tagore - 215 poems Classic Poetry Series -  PoemHunter.Com  The World's Poetry Archive, 2012. Versão  Portuguesa  ©  Luísa Vinuesa