Desde que vi o teu rosto
Desde que vi o teu rosto à janela, doce Amor, lançaste um feitiço em meu coração, em meus pés. Meu coração em teu rosto, meus pés para a tua janela ainda Me levam à força como se fosse por uma estranha vontade. Ó bruxa de beleza, ó Circe de inocentes olhos, Prendeste-me rápido e súbito numa teia de sentimentos. Olho para a luz do sol, vejo rindo o teu rosto; Quando compro uma flor, és tu em sua graça radiante. Tentei salvar viva a minha alma da tua armadilha, Não mais tentarei; deixa-a agitar-se e aí perecer. Prenderei o teu corpo vivo também, ó minha pomba, E ensinar-te-ei toda a tortura e doçura do amor. Quando olhaste para fora da janela, para a cidade trémula, Pensaste em roubar-me o coração e pagar-me com piedade? Mas olhaste para alguém que já zombou do pecado E jogou com a vida para a ganhar toda ou perder. Vou arrancar-te como um pássaro esvoaçante do seu ninho. Deves mentir sobre os joelhos fortes do Amor, em seu branco peito, Co...