Vida-Unidade
Alojei em meu coração a vida das coisas, Senti como meus todos os corações do mundo; Partilhei a alegria que canta na criação E como vinho pungente a sua dor bebeu. Senti a raiva dentro do peito de um outro, Todas as paixões verteram no meu mundo a suas ondas; Partilhei um só amor num milhão de peitos diferentes. Sou a besta que o homem mata, a besta que ele salva. Espalhei as asas ardentes da vida em êxtase e dor; Negro fogo e fogo de ouro por uma benção se bateram: Por eles ergui-me a um plano supernatural De poder e amor e êxtases imortais. Nada pode tocar a profunda calma espiritual Que suporta o mistério deste jogo de Paixão. Sonnets , 1930-1950, Colected Poems , 1ª edition 1972 Complete Works of Sri Aurobindo, Volume...