O Pequeno Ego
A Mãe do Mundo fabricou este ego autómato, Este pequeno parasita das obras da Natureza, A sua confiança no contrato da vida traído, Clama e reclama, toda a dívida para com ela evita. Cada movimento da nossa vida o nosso ego habita; Tecido em cada fio da trama do ser, Quando mais gabamos a nossa abnegação, mais rouba Uma sórdida parte; nenhum canto é deixado vazio. Mas um caminho é livre, dar o nosso coração e alma, O nosso corpo e mente a Ti e cada célula, Para viver submerso em Teu mundo infinito. Absorto em luz, deve findar-se o ignóbil feitiço. A Natureza, libertando a sua revolta, será Um sopro da vasta serenidade do espírito. Sonnets , 1930-1950, Colected Poems , 1ª edition 1972 Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5 © Sri...