A Deusa de Pedra
Na cidade dos deuses, alojada num pequeno santuário, De membros esculpidos olhou-me a Divindade, - Uma Presença imortal, viva e divina, Uma Forma que acolheu todo o infinito. A grande Mãe do Mundo e sua potente vontade Habitou o sono abismal da terra, Sem voz, omnipotente, inescrutável, Muda no deserto e céu profundo. Agora velada pela mente, nenhuma palavra diz, Sem voz, omnisciente, inescrutável, Ocultando até que a nossa alma veja e oiça O segredo da sua estranha encarnação, Una com o adorador e a forma imóvel, Beleza e mistério que não veste carne ou pedra. Sonnets , 1930-1950, Colected Poems , 1ª edition 1972 Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5 © Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry Sri Aurobindo Ashram Publication Department Versão adaptada a verso livre © Luí...