A Tumba da Ilha
O oceano está ali e ao fim da tarde; o gemido lento Das ondas azuis que, como um manto agitado, Dois ouviram juntos outrora, um ouve agora sózinho. Agora deslizando branco e silenciado para o nosso mundo, Janeiro aguçado com olhos frios e claros E gotas de neve pendentes em cada lóbulo gelado Apresenta o primogénito do fulgurante ano. Talvez os seus pés que moldam a forma quebrada, Possam varrer a erva morta do teu secreto túmulo, Talvez os seus pálidos dedos, tristes e frios Acariciem as formas arruinadas do teu cabelo, Criança pálida do inverno, morta antes de ser jovem. Estás tão desolada naquele ar amargo Que até a sua respiração parece quente em teu rosto? Ah, até que o narciso nasça, abstém-te E encontrar-te-ei naquele lugar só...