Canção Silenciosa
A canção que até hoje cantei permanece silenciosa. Gastei os dias a esticar e afrouxar cordas no meu instrumento. O tempo não se tornou real, as palavras não foram acertadas; No meu coração só existe a agonia do desejo. A flor não se abriu; há apenas o vento que suspira. O seu rosto não vi, nem a sua voz ouvi senão os os seus passos gentis na estrada frente à casa. Passou o dia a moldar o seu lugar no chão; a lâmpada não estava acesa, não posso convidá-lo para casa. Vivo na esperança de o encontrar; mas não ainda agora. Rabindranath Tagore - 215 poems Classic Poetry Series - PoemHunter.Com The World's Poetry Archive, 2012. Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa