A Morte e o Viajante do Fogo
MORTE Chama que invade o meu império de tristeza sem palavras e sombrio, Flecha de luz azul, farpada com prazer de asas douradas, Quem foi que te apontou a minha Alma crucificada que para sempre Tem no útero paixões e ritmos de um universo para seu túmulo criado? Eu que sou a Morte e vivo na caverna sem limites da Natureza, Eu sou a Morte que não pode morrer. Uma Sombra da Eternidade, Em vão latejo nas estrelas que erram pelo vazio sem recurso, Formas cintilantes num vasto Nada sem pensamento e vida. Ó, estas estrelas que brilham e vagam, Deus inventou-as Queimando as unhas no meu coração, pedras da minha prisão. Deus, O Arquiteto sem misericórdia, implacável e poderoso ergueu-as, Prendeu nelas o Tempo, o trilho para o Nada, a morada da Morte. Fogo de Deus, apaixonei-me pela vida e reuni apenas cinzas - A vida para que a Morte morra. Sim, foi isto a vida que Ele me deu? Brilho da...