O Hóspede
Eu descobri o meu profundo ser imortal: Ocultado na minha mente frontal, imenso, sereno, Encontra o mundo com uma visão Imortal, Um deus-espectador da cena humana. Nenhuma dor e tristeza do coração e da carne Pode esmagar aquele santuário puro e sem voz. Perigo e medo, cães do Destino, arrastando a sua coleira Sulcam o corpo e o nervo, - é livre o Espírito eterno. Despertai, raio de Deus e testemunho em meu peito, Na substância eterna da minha alma, Como que arde o inescrutável e omnipotente Hóspede. A morte vem mais próxima e o Destino cobra a sua taxa; Ele ouve os golpes que esmagam a casa da Natureza: Senta-se esplêndido, luminoso, calmo. Sonnets , 1930-1950, Colected Poems , 1ª edi...