O Hóspede
Eu descobri o meu profundo ser imortal:
Ocultado na minha mente frontal, imenso, sereno,
Encontra o mundo com uma visão Imortal,
Um deus-espectador da cena humana.
Nenhuma dor e tristeza do coração e da
carne
Pode esmagar aquele santuário puro e sem voz.
Perigo e medo, cães do Destino, arrastando
a sua coleira
Sulcam
o corpo e o nervo, - é livre o Espírito eterno.
Despertai, raio de Deus e testemunho em
meu peito,
Na substância eterna da minha alma,
Como que arde o inescrutável e
omnipotente Hóspede.
A morte vem mais próxima e o Destino cobra a sua taxa;
Ele ouve os golpes que esmagam a casa da
Natureza:
Senta-se esplêndido, luminoso, calmo.
Sonnets, 1930-1950, Colected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo
Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo
Ashram Publication Department
Versão adaptada a
verso livre © Luísa Vinuesa