Shiva


No cume branco da eternidade
      Uma Alma única de infinidades nuas,
       Por uma ígnea tela de paz mantém segura
A sua solidão mística de desnudado êxtase.
Mas, tocado por um imenso prazer de ser,
     Olha através de profundidades infinitas e vê
     Meditando entre inconscientes silêncios
A tola felicidade da Poderosa Mãe.

Agora meio acordada ergue para ele o olhar;
     Moveu-se então pela vontade que bate o coração,
        Os mundos rítmicos descrevem essa dança-paixão.
Nela brota a vida e a Mente nasce; a sua face
     Para Ele se ergue, que é Ela mesma, até que
        O Espírito mergulhe no abraço do Espírito.






Sonnets, 1930-1950, Colected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa

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