No silêncio da meia-noite
No silêncio da meia-noite, à luz do amanhecer ou do meio-dia Ouvi as vibrações do Infinito, vi as asas de sol dos serafins. Na solidão ilimitada das montanhas, na rotação sem fim do oceano Algo se sente da vastidão de Deus, toques flutuantes do Absoluto; Momentânea e incomensurável a natureza sensível sorriu livre de seus limites, - Um breve vislumbre, uma sugestão, passa, mas a alma torna-se mais funda, larga: Deus colocou a sua marca sobre a criatura. No lâmpejo ou tremor do voo de pássaro e insecto, na paixão do grito alado nas copas das árvores; Nas penas douradas da águia, na glória da morena juba do leão, Nos hierofantes sem voz da Natureza, com o seu roteiro hieráti...