Ó Poderes


Ó vós Poderes do Supremo e da Mãe, o Divino,
Eu vim para te iniciar, um portador do sinal.
Pois que tenho em mim o nome que nada pode apagar.
Respirei dentro de um Espaço espiritual, sem limite,
Através das profundas quietudes a minha alma ouviu
As vozes divinas do Conhecimento, os milagres do Verbo.
Foi-lhe dado escutar o segredo que se escondia na noite,
Dos infinitos inconscientes o Seu Poder prenunciando.
Ele ergueu-se das cavernas que se envolviam de trevas,
E as nebulosas foram moldadas como espuma de espuma
Até que os milhões de universos místicos que flutuavam,
Orvalharam como poeira estelar sobre o Dragão do Vazio.
Nasci então no infinitesimal e obscuro como uma alma-
semente, sementes no fogo das energias que duram.
Aprendi o desígnio para que trabalhei como Sua centelha
Na meia-noite da Matéria como um pirilampo no escuro,
E o meu espírito foi aprisionado na mudez de uma pedra,
Uma alma impensante, sem voz, impotente e sózinha






Poems in New Metres (Fragments)Collected Poems1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa

Outros poemas

A Deusa de Pedra

A Mãe de Deus

Shiva

Noite junto ao mar

Deus

A Dança Cósmica

Nirvana

Noiva do Fogo

Os Ditadores de Ferro

A Encarnação Universal