Nas Montanhas
Retiros imensos de silêncio e escuridão,
Montanhas de grandeza estéril, rochas que sublimam
Na busca curiosa o espaço infinito do
céu azul
Com as suas neves coevas intocadas pelo Tempo!
Procuro os teus espaços solenes!
Deixa-me por fim
Esquecido do pensamento de dias imemoráveis
Sem voz e necessidade de manter o seu
vasto refúgio,
Crescer para a paz em que habito.
Tal como aquela Alma desfigurada,
pareces procriar
Quem vê todas as coisas emergir, mas não criadas,
Observando as idades da Sua solidão,
Só, despreocupado, remoto. A ti todos os Destinos
Oferecem um coração imutável e assim
permanece
Quem não busca, não age, não luta nem se rebela.
Como tu, quem é que pode crescer como
Ele, tão vasto,
Simples,
incriativo, imperturbável.
Short Poems, 1890-1900, Collected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works
of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo
Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo
Ashram Publication Department
Versão adaptada a
verso livre © Luísa Vinuesa