Criação
Desde que tens toda a eternidade para Te divertir,
Ó escultor
das formas vivas da terra,
Ó dramaturgo
da morte e vida e nascimento,
Artista mundial deleitando-se em formas e matizes,
Assim moldaste a maravilha das esferas dançantes,
Um
cientista passando a Natureza através dos seus tubos
E jogaste
com números, medidas, teoremas, cubos,
Ó matemática Mente que nunca erra,
Com as Tuas teorias construindo um universo?
Versátil é o
Teu espírito de deleite,
Minuto de
artesão e arquiteto de poder,
De mil mistérios o mundo adepto.
Ou forjaste alguma Necessidade profunda, não o Teu
capricho,
O Destino e a Inconsciência e a rede do Tempo?
Sonnets, 1930-1950, Colected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo
Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo
Ashram Publication Department
Versão adaptada a
verso livre © Luísa Vinuesa