O Infinitesimal Infinito


Fora de uma imóvel Imensidão viemos!
          Milhares de universos eram para si
Pobres bolhas de luz de um jogo trivial,
          Um vislumbre frágil do Infinito.

Não podendo encontrar a sua alma em toda a vastidão,
         Desenhou-se a si mesmo como um pequeno ponto
Infinitesimal, ignobilmente lançado
         Fora do lodo da terra estranhamente acordado, -

Um pequeno plasma em cima de um globo casual
        Num pequeno sistema de um sol anão,
Um pouco de vida vestindo-se de carne,
        Uma pouco de mente alada a correr o imenso espaço!

Ele viveu, ele sabia, ele viu-se a si mesmo sublime,
Imortal, sem medida no Espaço, sem duração no Tempo.





Sonnets, 1930-1950, Colected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa

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