O Rouxinol


UMA IMPRESSÃO


Nas árvores a voz sussurrante do rouxinol
Quebrou o silêncio com um grito exultante;
Tão claro na noite calada, tão volúvel,
E diverso quanto a doce água oscilante
        Que num estreito canal murmura
        Abaixo de uma rasa parede de cinza
        E meio ao centeio vacilante aí canta.
        Ó doce sepultura, Sirene da noite,
                Eremita de Astarte,
Cada folha alimentas com alegria solene, 
Retidos por ti, felizes os ventos suspiram.
           






Short Poems, 1890-1900, Collected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa

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