Luz


Luz, infinita luz! A escuridão não tem lugar aí,
       Os ignaros abismos da Vida desistem do segredo:
Os abismos do imenso inconsciente antes insondáveis 
       Permanecem um vislumbre em vasta expectativa.

Luz, intemporal Luz, imutável e única!
      O sagrado selou as misteriosas portas abertas.
Luz, ardente Luzdo Infinito coração de diamante
      Agitas o meu coração onde a imortal rosa cresce.

Luz que no seu êxtase irrompe através dos nervos!
     Luz, incubadora Luz! Cada célula apaixonada e ferida
Preserva num mudo labirinto de êxtase
    O sentido vivo do Imperecível.

Deslizo num oceano de esplendorosa Luz
Unindo os meus abismos à Sua eterna altura.






Sonnets, 1930-1950, Colected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa

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