A Aventura Infinita


 Nas águas de um inominável Infinito
      O meu esquife é lançado; abandonei a costa humana.
      Antes e atrás de mim tudo se apaga,
O abismo incognoscível e uma pálida luz que guia.
Domina o meu leme uma Mão invisível. Noite,
    Paredes num corredor negro sobre o mar, -
    O inconsciente leão da Fome que pranteia e ruge
Ou o sono do oceano de um Eremita morto.

Sinto a grandeza do Poder que busco
    Á minha volta, abaixo seus colossais abismos,
        Além, a altura invisível que alma jamais pisou.
Serei fundido no Solitário e Único
   E despertado na chama súbita de Deus,
       A maravilha e o êxtase do Apocalipse.






Sonnets, 1930-1950, Colected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa

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