O Plano Maior


Refém já não sou do grito fascinante da vida,
         Sua alegria e tristeza, seu encanto, seu alaúde de riso.
         Silenciados são os momentos mágicos da flauta,
E forma e cor e breve êxtase.
Ouviria na solidão imensa do meu espírito,
         A Voz que fala quando os lábios mortais se calam:
         Busco a maravilha das coisa absoluta
Nascidas no silêncio da Eternidade.

Há uma necessidade dentro da alma do homem que
         Os esplendores da superfície nunca satisfazem;
               Porque vida e mente, sua glória e argumento
São o prelúdio lento a um tema mais vasto,
         Um esboço confuso de um mais alto plano,
              Um prefácio à epopeia do Supremo.






Sonnets, 1930-1950, Colected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa

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