Lua de Dois Hemisférios


Uma jangada de lua dourada flutua e lenta baloiça
E acende um fogo de luz azul, pálida e santa
Na cauda brilhante do dragão da noite 
                                      Que agora cintila, - nadando,
Os bancos de areia iluminados de estrelas que planam,
Espalhando a terra e o coração à vista afogando
Com fundos de oceano e infinitas distâncias.

Um barco de lua sempre navega ou anda à deriva 
Em nossos céus de espírito e nunca pára no azul caindo,
Lança seu fogo branco e azul neste campo de cinza,
                                     Curva de dragão da noite, - correndo,
A luminosa estrela pensante conduzindo os barcos
Ao Amanhecer, ao seu porto-morada, à Luz descerrada,
À Infinita face solar, o Intemporal revelado.






Poems in New MetresCollected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa

Outros poemas

A Deusa de Pedra

A Mãe de Deus

Shiva

Noite junto ao mar

Deus

A Dança Cósmica

Nirvana

Noiva do Fogo

Os Ditadores de Ferro

A Encarnação Universal