Transe


Uma estrela nua com pontas prateadas
     Flutuando perto do halo da lua;
Tormenta alucinante, a pálida orla e linha do céu
     No desmaio sobre águas sossegando.

Minha mente está desperta em calmo transe,
     Meu coração sereno, um fardo de prazer;
Dissipada é a centelha-dança dos sentidos,
     Com luz silenciado o corpo aúreo.

Ó estrela da criação pura e livre,
     Halo-lua de desconhecido êxtase,
Tumulto-alento da alma mutável e ainda a ser
     Um oceano de si mesma extasiado e só!






Poems in New Metres, Collected Poems,  1ª edition 1972.
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa

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