Cena da Alma
As nuvens repousam em espaços
abandonados do céu, cansados, desvanecidos,
Observam ondas cinzentas de um mar
perdidamente triste, rolando apressado,
A
angústia nua das praias negras entristeceu-se com o sopro do
Vento Norte
E um amontoado de colinas de melancolia à distância.
A hora em branco, um certo humor vasto
de uma Alma solitária na Natureza,
Coloca na face da terra uma máscara
prenhamente esculpida, mal traçado o talhe,
O
coração do homem e sua mente imóvel reagem silenciosamente em espiritual paixão
Imitando os relevos de sua desolada espera.
Impassível, ela espera longamente pelo ouro
do sol e do azul celeste,
A canção do mar com seus prazeres lentos
de feliz refrão, -
A alma do
homem aguarda em seus abismos a explosão da luz e da
divindade
E a felicidade que Deus sentiu quando criou a sua imagem.
E a felicidade que Deus sentiu quando criou a sua imagem.
Poems in New
Metres, Collected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works
of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo
Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo
Ashram Publication Department
Versão adaptada a
verso livre © Luísa Vinuesa