A Morte de um Deus


Levanta-te agora, extingue o fogo!
Espalha as cinzas de um Deus através das estrelas.
                             Esquece a esperança e aspira.
Vamos pintar a nossa prisão, vamos fortalecer as suas grades.

Agora, ele morreu e a grandeza que cobria o mundo e os caminhos do Tempo
        Desapareceram como uma sombra dourada lançada da angústia das eras;
A glória e o fardo, a luz do sol e a paixão abandonaram os nossos dias;
        Mais uma vez podemos usar a farda cinzenta da Morte e reunir o seu salário.

Tudo o que se afastou do seu esplendor, fugindo como envergonhado da luz
                                                             e a beleza e a doçura invencível
Regressa agora ostentando a escuridão e a pequenez, a inquietação da febre da vida,
                                                                        a sua cruel e triste imperfeição.
O que é falso, irónico e pequeno liberta-se para seguir a sua própria natureza.
                                                            As brilhantes páginas da hora do fim!
Dá vida às mesas antigas; o seu conforto enfadonho, a sua curva cinzenta restaura.






Poems in New MetresCollected Poems1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa

Outros poemas

A Deusa de Pedra

A Mãe de Deus

Shiva

Noite junto ao mar

Deus

A Dança Cósmica

Nirvana

Noiva do Fogo

Os Ditadores de Ferro

A Encarnação Universal