Kamadeva
Quando no coração dos vales e oculto
pelas rosas
O doce Amor habita,
Tem asas para se erguer nos céus ou na
vizinhança
Vive e morre?
Se nos cumes das montanhas brilhantes o pudéssemos
Encontrar orgulhoso e livre,
Será que nos vales não franziria a testa?
Seria digno
Acorrentá-lo assim?
Falarás então de um como um escravo e um libertino,
Mas será o outro tão simples assim?
Que Deus é o único escravo e o único
monarca
Assim declaramos.
É Deus que é Amor, menino e escravo,
concebido
Para servir a nossa paixão;
É Deus que é livre, orgulhoso, o
ilimitado tirano
Que nossas almas merecem.
Short
Poems, 1902-1930, Collected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works
of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo
Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo
Ashram Publication Department
Versão adaptada a
verso livre © Luísa Vinuesa