Morcundeya
Ó vontade de Deus de que o turbilhão e o Vazio
Está povoado, os homens chamaram-te força, subjugada
Pelas asas que as estrelas carregavam ao redor e em
volta
Sem precisar de uma hora de repouso; luz, forma e som
São marcas do teu movimento eterno. Se
Vemos o que tu mais escolhes, é a ti que vemos.
Eu, Morcundeya, a quem os mundos libertam,
O Profeta, - mas é só Deus que vê! -
Voo acima dos laços que mantêm abaixo
O homem na sua pequenez, perdido no espectáculo
Perene que os sentidos em volta de si constroem;
Descobri-os a todos e mais iludido não sou.
Mas antes de me erguer, antes de me tornar o vasto
E luminoso Infinito, esqueci o
passado
E libertei integralmente do futuro
Estes seres que criam os seus próprios laços,
Uma vez que falarei e declaro o que vejo.
O resto é Deus. Há silêncio em todos os lugares.
Os meus olhos abriram-se dentro e eu vi.
Short Poems, Fragments, Collected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works
of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo
Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo
Ashram Publication Department
Versão adaptada a
verso livre © Luísa Vinuesa