Eufrosina
Criança de infantes anos, Eufrosina,
Pássaro da minha infância, deidade
alegre da juventude!
Embora não te tivesse cantado em hinos
de líricas frases,
Preferindo o elogio de Eros ou de
Aglaia,
Não franzas a testa, meu espírito
adorável, não me abandones.
O homem adora o solitário. O seu
pensamento vadio
Ainda ocupado com o vazio ilimitado
Vive todo o tempo subjugado por pequenas
coisas
Que despreza; a esposa não celebrada
permanece
A partilhar seus prazeres, a suportar metade de suas dores,
Enquanto a canção do poeta guarnece os
montes do sonho.
No entanto, ela não deixa que a sua
lírica luz a engane,
Conhecendo os olhos domésticos, a
estrela da sua tristeza
Sorri pelo sobrolho eclipsando a ansiedade
intocada.
Levemente feliz com o amor humano
entrega
A fantasia imortal aos seus campos
Elíseos.
Short Poems, 1890-1900, Collected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works
of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo
Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo
Ashram Publication Department
Versão adaptada a
verso livre © Luísa Vinuesa