O Mar à Noite


O mar cinzento rasteja meio visível, meio abafado,
E agarra com as suas inúmeras mãos
Essas paredes silenciosas. Vejo além de um áspero
Reflexo infinito, sinto que me banham
E ouço a sibilação das vagas,
Esse sussurro entre si quando se lançam
Para a costa, lado a lado, - linhas longas e fracas
De movimento pintado de trémulos sinais de espuma,
O turbilhão silencioso de um mundo em mudança.


  



Short Poems, 1890-1900Collected Poems1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa

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