O Divino Sentido
Certamente não tomo mais um alimento terrestre
Mas as frutas e as plantas do Paraíso como!
Pois Tu mudaste o hábito dos meus sentidos
Do
prazer mortal à divina surpresa.
Ouvir e ver são agora um êxtase
E todas as fragrâncias da terra revelam
Uma doçura combinando em intensidade
O odor
da maravilha carmesim da rosa.
Em todo o fundo contacto que invade a emoção,
Isso
dura como se infinita fosse a sua fonte,
Eu sinto o Teu toque; a Tua felicidade imperecível
Completa-se
nesse momento de prazer.
O corpo queima com o fogo sagrado do Teu êxtase,
Puro, apaixonado, santo, virgem de desejo.
Sonnets, 1930-1950, Colected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo
Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo
Ashram Publication Department
Versão adaptada a
verso livre © Luísa Vinuesa