Fáeton


Prateando álamos pelo declive da encosta
         De sussurrantes relvas caindo para o riacho
         Em que escurecido ar como um sonho sombrio
Cismas e um crepúsculo ignorante de esperança
        Diz que triste compulsão o teu apelo clamou,
Teus lados musgosos de eloquente queda em queda
Que em sulcos quentes de teus olhos fogem?

É isto feito para a demais e certa decadência,
         Pálido Outono dourado, esteta dos anos,
         Uma morte maravilhosa, uma glória que se apaga
Que assim, ao longo do caminho relvado, veloso
         Com preguiça rasteja este lodo de lágrimas de âmbar
E assim, com rajadas lacrimosas, os teus galhos balançam
Suspirando um requiem para o teu dia esmeralda?






Short Poems1890-1900, Collected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa

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