Na Batalha


Muitas vezes, no amplo retiro das idades lentas,
       Na longa ponte da Vida pelo imenso mar do Tempo,
Eu aceitei a morte e a derrota suportei
       Se pela minha queda algum ganho para Ti tomasses.

Ao Poder inconsciente deste mundo cedeste o direito
       De se opôr à passagem brilhante da minha alma:
Ela acumula em cada passo o imposto da noite.
       Desgraça, o seu contabilista injusto guarda o registo.

À minha volta as forças dos Titãs pressionam;
       Esta terra é deles, mantêm os dias em pagamento,
Estou cheio de feridas e de impiedosa luta:
       Ainda não é a Tua hora de vitória?

Como Tu queiras!! O que ainda ao Destino deves,
Ó Antigo dos mundos, Tu sabes, Tu sabes. 







Sonnets, 1930-1950, Colected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa

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