Eu não posso igualar
Eu não posso igualar os olhos mais absolutos,
Embora eles governem o meu ser, com as estrelas,
Nem inventar comparações ricas florais
Para detalhar a doçura que o teu corpo veste.
Nem nos céus indícios de ti encontro,
Nem ténues sugestões nesta pensativa véspera;
O luar da tua mais sombria graça é cego,
Quem pode com tais pálidas delícias enganar
Um coração ardente e nu. Apenas um lugar
De ti me satisfaz, onde os pés
Que eu nunca vou abraçar, com beleza pisam
A terra estéril num único e doce lugar,
Um rosto no vasto mundo apenas divino,
O único que nunca pode ser meu.
Sonnets, Early Period, Collected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works
of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo
Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo
Ashram Publication Department
Versão adaptada a
verso livre © Luísa Vinuesa