O Infinito Invisível


Erguido sob silenciosos e inatingíveis picos
        Eu não encontro o fim, pois Ele é em tudo ilimitado,
Uma alegria absoluta o espírito de amplas asas procura,
        Um Poder, uma Presença, uma Eternidade.

No inconsciente e horrível Abismo
        Ouvem-se as batidas cardíacas do Infinito.
A meia-noite insensível oculta o Seu transe de alegria,
        Um selado e insondável assombro de Luz.

Em seu raio que ofusca a nossa visão em todo lugar,
        O nossos olhos semicerrados buscam fragmentos do Uno:
Apenas os olhos da imortalidade se atrevem
        A olhar sem cegar o sol vivente.

Porém as nossas almas dentro são egos do Imortal,
Camaradas e poderes e filhas do Invisível.







Sonnets, 1930-1950, Colected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa

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