Os Campos Interiores


Há um éter mais brilhante que este azul,
        Pretensão de uma envolvente abóbada celeste,
        Investidura mais Real do que este assalto em massa
De esmeraldo êxtase perolado com lágrimas de orvalho.
Espaços imortais de tonalidade cerúlea
        Estão ao nosso alcance e campos sem esta falta
        De terra castanha e riachos que nunca param
Em seu profundo murmúrio que flores brancas espalham

Flutuando como estrelas numa faixa do céu.
        Este mundo por trás é feito de matéria mais real
               Do que o tecido fabricado da graça da terra.
Aí podemos andar e ver os deuses passarem
        E beber um gole do néctar do cálice de Hebe
               Para termos membros celestes e rosto imortal.







Sonnets, 1930-1950, Colected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa

Outros poemas

A Deusa de Pedra

A Mãe de Deus

Shiva

Noite junto ao mar

Deus

A Dança Cósmica

Nirvana

Noiva do Fogo

Os Ditadores de Ferro

A Encarnação Universal