Envoi
Ite hinc, Camenae,
vos quoque ite jam, são
Dulces Camenae, nam
fatebimur verum
Dulces fuistis, et
tamen meas chartas
Revisitote sed
pudenter et raro.
Pálidos poemas, fracos, poucos, que em vão usam
As tuas asas rumando a inatingíveis esferas,
Descendência da Musa Helénica divina,
Disformes crianças nascidas em seis infelizes anos!
Não é pela tua mãe que a tua graça é ferida,
Desde que para mim com igual amor não regresse
A esperança que me atraiu para essa face serena
Em que sem esforço a luz inquieta foi queimada.
Partir e viver por muitas ou poucas estações
Podes fazer, mas aqui não fiques para que sofra
O meu coração de paixão sem esperança e reviva
As visões de beleza que não alvejarão os lábios.
Porque nos olivais Sicilianos nunca mais ou vezes
Raras as minhas pegadas devem ser agora vistas,
Raras as minhas pegadas devem ser agora vistas,
Nem trilhadas as pistas Atenienses ou explorados
O Parnaso ou os teus sonoros litorais, Ó Hipocreno.
O Parnaso ou os teus sonoros litorais, Ó Hipocreno.
Eu, do lótus celestial de Sarasvati,
Tenho apelado a regiões de neve eterna
E o Ganges ritmando para o mar do sul,
Ganges onde as margens sopram flores do Éden.
Short Poems, 1890-1900, Collected
Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa