Tirésias


Nos prados de Tebas, Tirésias sentou-se junto de Dirce,
O velho Tirésias cego e solitário. A canção do rio
Em seus ouvidos gemeu e o aroma das flores afligiu o seu espírito
Vagueando nu e frio nos ventos do mundo e sua cinza.
Por um instante silencioso, logo bateu no chão com a firmeza de sua cegueira,
Clamando: Ó águas murmurantes de Dirce, amadas pela minha infância,
Águas da murmurante Dirce, flores que eram queridas para o amante,
Quando seu perfume era doçura, e suas vozes um hino ao nascimento;
Agora escureceste para mim, aromas que doem; e são canibais, Ó águas.

                         Estamos cansados ​​da dor,
Saciados com sal de humanas lágrimas; e o entronizado opressor
Não parece aos nossos olhos divino, mas um verme que morde e é feliz -
Os tristes gemidos dos oprimidos em nossos ouvidos não mais se ouvem.
A morte que temos levado com horror, a angústia dos outros que aflige,
Com as dores de um alheio coração inquietados e perturbados estamos.
Sim, eu nasci com o choro de uma mulher que irrompe à meia-noite.






Poems in New Metres (Fragments), Collected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa Vinuesa

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