Um forte filho do raio
Um forte filho do raio desceu, esplêndido, à terra com rapidez de pés de fogo;
A luz nasceu num útero e
a força do trovão ocupou um corpo humano.
A calma velocidade do céu, a doce grandeza, a pura paixão, o poder alado baixou;
Todos os deuses um corpo
mortal habitavam, um único nome exibiam.
Uma ampla onda de movimento agitou o globo sombrio em cada sulco alegre e sonhador;
A vida foi moldada em
grandeza, as mãos do oceano tomaram as rodas do Tempo.
A alma do homem era de novo um brilhante cocheiro dos dias contratado por
deuses impetuosamente arrojados,
Lançada pelo Uno em Seus
tempestuosos caminhos de asas, uma flecha destinada a sublimes alturas.
As velhas tábuas batendo caíram, a lenta e antiga parede morta da Natureza foi em pedaços cortada,
Deus renovou-se num mundo de jovem beleza, chama e pensamento:
Vozes divinas falaram nos lábios dos homens, o coração acordou com as auroras
brancas, cintilantes de espanto,
O ar um véu de
esplendor, o sopro uma alegria, a vida um jogo divino.
Poems in New Metres, Collected Poems, 1ª edition 1972
Complete Works of Sri Aurobindo, Volume 5
© Sri Aurobindo Ashram Trust 1972, Pondicherry
Sri Aurobindo Ashram Publication Department
Versão adaptada a verso livre © Luísa
Vinuesa