A Pequena Flauta
Fizeste-me sem fim, tal é o teu prazer. Este frágil
vaso que repetidamente esvazias, e enches sempre com vida renovada.
Esta pequena flauta de uma cana que carregaste sobre colinas e vales,
e respiraste através dela eternas e novas melodias.
Ao toque imortal das tuas mãos, o meu pequeno coração torna-se ilimitado
em alegria e dá à luz uma expressão inefável.
As tuas infinitas dádivas vêm até mim apenas nestas minhas pequenas mãos.
As idades passam, o vaso ainda derramas, e ainda existe espaço a ocupar.
Rabindranath Tagore - 215 poems
Classic Poetry Series - PoemHunter.Com
The World's Poetry Archive, 2012.
The World's Poetry Archive, 2012.
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa