De Longe
O "eu" que flutua na onda do tempo,
À distância, observo-o.
Com o pó e a água,
Com a fruta e a flor,
Com o Todo, apressa-se em frente.
Mantém-se sempre à superfície,
agitado pelas ondas, dança ao ritmo
da alegria e da dor.
A menor perda fá-lo sofrer,
magoa-o a menor ferida -
A ele, vejo-o de longe.
Esse "eu" não é o meu real eu;
estou ainda dentro de mim,
não navego o fluxo da morte.
Sou livre, não tenho desejos,
sou a paz, sou iluminado -
A ele, vejo-o de longe.
A ele, vejo-o de longe.
Rabindranath Tagore - 215 poems
Classic Poetry Series - PoemHunter.Com
The World's Poetry Archive, 2012.
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa
Classic Poetry Series - PoemHunter.Com
The World's Poetry Archive, 2012.
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa