O Barco

Devo lançar o meu barco.
As lânguidas horas passam na
praia - Ai de mim!

A primavera floriu e despediu-se.
Agora, com o fardo das flores murchas e fúteis, 
espero e demoro.

As ondas tornaram-se queixosas, na margem 
da pista sombria,
as folhas amarelas estremecem e caem.

Que vazio contemplas!
Não sentes a emoção pairando no ar
com as notas de uma canção distante
que flutuam de outra margem?




Rabindranath Tagore - 215 poems
Classic Poetry Series - PoemHunter.Com 
The World's Poetry Archive, 2012.
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa 

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